domingo, 26 de junho de 2011

AULA DE CAMPO EM PARNAMIRIM E NATAL

AULA DE CAMPO COM ALUNOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS AVELINO MATIAS XAVIER E DINARTE DE MEDEIROS MARIZ.
LOCAIS VISITADOS: PLANETÁRIO; FORTALEZA DOS REIS MAGOS; CAJUEIRO DE PIRANGI, CENTRO DE LANÇAMENTOS DA BARREIRA DO INFERNO, E AEROPORTO INTERNACIONAL AUGUSTO SEVERO.
 
 PENSARAM QUE O MUNDO IRIA ACABAR HEIM? AGORA QUE PASSOU O MEDO PODEM RELAXAR.
O PROFESSOR RANVARLIEL NÃO PERDE UMA OPORTUNIDADE DE DAR SUAS AULAS.



A professora Iranete e a réplica do índio Felipe Camarão



 
Acho que a professora Iranete quer ir ao espaço nessa miniatura de foguete, será?



Alunos da Esc. Dinarte de Medeiros Mariz assistind a um vídeo no auditório da Barreira do Inferno sobre os lançamentos dos foguetes: Nike Apache e a série Sonda I, II, III, IV, V.

Escola Mun. Dinarte de Medeiros Mariz: Alunos e professores: Girlene, Aparecida, Eliene e o diretor Ranvarliel posando com o soldado Eryton (Barreira do Inferno)


E nessa foto a professora Iranete fez questão de posar.  Ao fundo as falésias que deram origem ao nome Barreira do inferno.


Alunos e professores da Esc. Avelino Matias visitando a praça ex-governador Aluízio Alves (Planetário de Parnamirim/RN)

Alunos da Esc. Avelino Matias ouvindo as explicações do guia a respeito da fundação da cidade do Natal e da Fortaleza dos Reis Magos.




Todos esperando o guia para receber as explicações sobre o maior cajueiro do mund.



Equipe da Esc. Avelino Matias e o soldado Manoel da Barreira do Inferno



 uma paradinha na entrada da Fortaleza dos Reis Magos (ao fundo vemos o marco do domínio português em nossas terras - o marco de Touros).
 Professores e funcionários da Esc. Avelino Matias: Andreza, Vina, Elaine, Iranete, Roberto, Marleide, Graça e Miriam
 A professora Iranete com alguns alunos da Esc. Avelino Matias descendo o mirante do cajueiro  maior do mundo
 Alunos da Esc. Mun. Avelino Matias curtindo um pouco da praia de Pirangi do Norte

 Alunos com o soldado Manoel (Barreira do Inferno)
 Alunos da Esc. Mun. Avelino Matias visitando o Aeroporto Internacional Augusto Severo

PROJETO PARA AULA DE CAMPO

 
PROJETO PARA AULAS DE CAMPO
I - IDENTIFICAÇÃO:
ESCOLA: Escola Municipal Dinarte de Medeiros Mariz
TEMA: Viajando, aprendendo e divulgando nossa cultura.
SUB-TEMA: Nossa Terra, nossa gente e a Cultura do Povo Potiguar.
PROFESSORA IDEALIZADORA: Maria Iranete dos Prazeres Viegas
DISCIPLINA: Cultura do RN
PÚBLICO ALVO: Alunos Ensino Fundamental (8º/9º ano)
PERÍODO: Final de cada semestre
LOCAIS A SEREM VISITADOS:

NATAL: Centro histórico; museu, memorial e casa de Câmara Cascudo; fortaleza dos reis magos; reserva ecológica do parque das dunas; teatro Alberto Maranhão; museu de Arte Sacra.

REGIÃO DO SERIDÓ: Sítios arqueológicos (Carnaúba dos Dantas e Parelhas); museu do sertanejo; açude gargalheiras; igreja dos pretos (Apodi); Mina Brejuí (Currais Novos).

REGIÃO DO TRAÍRI: Santuário de Santa Rita de Cássia (Santa Cruz); Residência do Major Teodorico Bezerra (Tangará);

REGIÃO OESTE POTIGUAR: Memorial da Resistência (Mossoró); Lajedo de Soledade (Apodi);

REGIÃO AGRESTE: Pedra da Boca (Passa e Fica/Tacima/PB)

MACAÍBA: Comunidade quilombola Capoeira dos negros;

PARNAMIRIM: Aeroporto Internacional Augusto Severo; Centro de Lançamentos de Foguetes da Barreira do Inferno, Planetário e Cajueiro de Pirangi;

BAÍA DA TRAIÇÃO/PB: Aldeias indígenas (Tupi-Guarani)

II – APRESENTAÇÃO
Pouco se conhece sobre a História Potiguar e principalmente sobre a sua pré-história. Aprendemos pouco nas escolas sobre os brasileiros que viviam em nosso território antes da chegada dos portugueses. Quem foram essas pessoas que viveram aqui em grandes grupos e sociedades e quais os tipos de relações que tinham? São questionamentos comuns porque não conhecermos corretamente nosso passado.
Da mesma forma, os meios de comunicação não contribuem para que informações sobre nossas origens étnicas e culturais sejam divulgadas de maneira a ensinar e chamar atenção para a necessidade desse conhecimento.

III – JUSTIFICATIVA

É fundamental que os atores sociais tenham conhecimento de suas origens bem como se conscientizem de que o nosso patrimônio cultural é um bem e pertence à humanidade, e que cada um se torne agente no sentido de valorizar e proteger esse bem, evitando que o mesmo seja violado ou extinto.
Valorizar nesse sentido assume, portanto, o significado de relacionar-se com o meio em que vivemos conhecendo-o e atribuindo-lhe significados de acordo com as condições e circunstâncias propiciadas.
Desta maneira, este projeto visa trabalhar com a educação patrimonial/cultural do RN, entendida aqui como um conjunto de ações que promove o conhecimento sobre os bens culturais, nas aulas presenciais em sala de aula (textos e imagens pertinentes aos conteúdos trabalhados), e conhecendo os objetos culturais nas fontes, ou seja, fazendo uma ponte de ligação entre o teórico e o prático através das aulas de campo.
 Vale ressaltar que promover o conhecimento através de uma atividade turística, saindo do ambiente tradicional da sala de aula é o elemento motivador que traz encanto à educação de jovens neste mundo contemporâneo, sendo assim, a professora Maria Iranete dos Prazeres Viegas idealiza as suas aulas de Cultura do RN, de forma que seus alunos possam obter conhecimentos específicos sobre a História e Cultura do povo potiguar e passem a valorizar ainda mais suas origens, seus costumes, suas crenças, sua cultura, a partir da praticidade, haja vista para sabermos quem somos se faz necessário sabermos de onde viemos, ou melhor, precisamos conhecer nossas origens e nossa história.
Olhando sob esse prisma, podemos dizer que, viajar pelo Rio Grande do Norte, hoje, significa trilhar o caminho de um universo cultural multifacetado e marcado pelo convívio entre o tradicional e o moderno, entre o antigo e o novo, entre o que resistiu aos rigores do tempo e o que se adaptou às ondas globalizadoras.
Assim, embarcaremos (metaforicamente) num trem que corta o estado, a primeira parada é junto aos saberes e aos modos de fazer das comunidades e, bem assim, aos OFÍCIOS mais conhecidos pela população, como o das LOUCEIRAS da Comunidade Negros do Riacho, em Currais Novos; dos homens e mulheres que produzem ARTEFATOS a partir de fibra vegetal, como em Apodi; das REZADEIRAS que abençoam com ramos e orações as pessoas que as procuram em Santana do Matos, em Rodolfo Fernandes, em Florânia, em Carnaúba dos Dantas e ainda em Currais Novos, Mossoró, Parelhas, Caicó, Açu e São Paulo do Potengi; como o das BORDADEIRAS de Caicó, de Timbaúba dos Batistas e de Passa e Fica; como o dos MANGAEIROS de Natal, dos MINERADORES de Currais Novos, dos PESCADORES de Grossos e de Natal e das CHOURICEIRAS de Carnaúba dos Dantas.
O solo potiguar é, assim, tatuado de muitas artes de saber e de fazer, a exemplo da arte dos ESCULTORES de Pendências, de Carnaúba dos Dantas, de Pureza, de Acari.
Da arte dos REPENTISTAS de Lagoa de Velhos, de Pedro Velho, da arte de CONFECCIONAR GARRAFINHAS com areia colorida presente em Grossos e em Tibau; da ARTE DE MANIPULAÇÃO e uso de plantas da caatinga com fins medicinais, em Caicó; da ARTE da PREPARAÇÃO DA GINGA COM TAPIOCA na Praia da Redinha, da RAPADURA em Portalegre, do GRUDE em Extremoz, da FARINHA DE MANDIOCA e do BEIJU em Brejinho e do ALFENIM em Açu.
Os saberes e os ofícios se confundem com as diversas formas pelas quais as pessoas se expressam no Rio Grande do Norte através da LITERATURA, DA MÚSICA, das ARTES PLÁSTICAS, das ARTES CÊNICAS e do LÚDICO, que se constituem enquanto segunda parada da viagem.
Aqui se observa a arte dos CALUNGUEIROS Chico Daniel e Zé Relampo (Natal), Queixo de Aço (Pedro Velho), José Erivan de Assis (Lagoa de Pedras), José Rosa (São Pedro) e Edicharles Bezerra (Macau), que expressam o cômico e o paródico através da representação da realidade por meio do TEATRO DE MAMULENGOS Sem falar de dona Maria Iêda, mais conhecida como Dadi, de Carnaúba dos Dantas, única mulher potiguar a fabricar e produzir seus bonecos a partir de madeira de mulungu e a dar-lhes vida através do JOÃO REDONDO.
Que maravilha é o nosso RN! O olhar e o ouvido se aguçam e percebem, também, diversas atitudes de representação da realidade proporcionadas pelos ARTISTAS PLÁSTICOS Ângela Felipe, César Revoredo, Dione Medeiros, Dorian Gray, Flávio Freitas, Wilson Felix, André Vicente e Silva, Davina Silva, Marcelus Bob, Vatenor de Oliveira e Eduardo Alexandre (Dunga); ACORDES, NOTAS E A UFANIA do instrumental toado pelas BANDAS DE MÚSICA de Parelhas, Carnaúba dos Dantas, Apodi, Florânia, Patu, Portalegre, Santana do Matos, Campo Grande e Caicó, como também, a MELODIA e a sonoridade dos CANTORES: Babal, Cleudo, Glorinha Oliveira, Marina Elali, Sérgio Farias, Valéria Oliveira e Ana Teresa de Medeiros e das bandas Seu Zé, Apollo 11, Brebote, Cantus do Mangue e Tu me Ninas.
Nessa estação também pode se contemplar o esplendor, o colorido e o tom vibrante das DANÇAS FOLCLÓRICAS como o BOI CALEMBA (ou Boi de Reis), presente na Vila de Ponta Negra e no bairro de Felipe Camarão (Natal), em Nísia Floresta, Pedro Velho, Santa Cruz, São Gonçalo do Amarante, Vila Flor, Patu, Lagoa de Velhos, São Miguel do Gostoso e Sítio Novo; o FANDANGO com representantes em Canguaretama e Senador Georgino Avelino; A CHEGANÇA, em Canguaretama; OS CONGOS, presentes em Ponta Negra (Natal), em São Gonçalo do Amarante e em Ceará-Mirim; O PASTORIL com grupos que executam a dança em Pedro Velho, São Paulo do Potengi, Nísia Floresta, Grossos, Florânia, Cerro Corá e São José de Mipibu; A LAPINHA e as BANDEIRINHAS que se dançam em Touros; OS CABOCLINHOS encontrados em Ceará-Mirim; O COCO DE RODA em Canguaretama, Passa e Fica e Tibau do Sul; O BANBELÔ dançado em Ponta Negra (Natal), São José de Mipibu e São Gonçalo do Amarante; O COCO DE ZAMBÊ, que alegra as terras de Tibau do Sul; A CAPELINHA DE MELÃO, de Maxaranguape; A DANÇA DO ESPONTÃO executada pelos negros de Caicó, Jardim do Seridó e Parelhas; A DANÇA DE SÃO GONÇALO de Portalegre, São Miguel e Pau dos Ferros; O MANEIRO PAU presente em Doutor Severiano, São Miguel, Pau dos Ferros, Marcelino Vieira, Alexandria e Umarizal.
E sem esquecer da Sociedade Araruna de Danças Antigas e Semi-Desaparecidas, grupo comandado pelo nonagenário Cornélio Campina e que executa danças como O XOTE, A VALSA e a POLCA, além DOS CABOCLOS de Major Sales.
As formas de expressões são também paradas para a reflexão sobre as OBRAS de importantes ESCRITORES, como Câmara Cascudo, Otoniel Menezes, Manuel Dantas, Olavo de Medeiros Filho, Zila Mamede, José Bezerra Gomes, Hélio Galvão, Juvenal Lamartine, Oswaldo Lamartine, Auta de Souza, Nízia Floresta, Gutemberg Costa e Deífilo Gurgel, ocasião interessante para o registro do POETA POPULAR Fabião das Queimadas e de ROMANCEIRAS como dona Militana Salustino do Nascimento, dona Juvina Monteiro e dona Sebastiana Morais do Vale. Bem como, para relembrar inesquecíveis ESPETÁCULOS CÊNICOS, alguns executados periodicamente, como: CHUVA DE BALA NO PAÍS DE MOSSORÓ E AUTO DA LIBERDADE EM Mossoró, AUTO DO SOLAR, em Macaíba, além dos GRUPOS DE COMPANHIA TEATRAL como: Arte Viva (Santa Cruz), Companhia Escarcéu (Mossoró), Companhia de Teatro Arte e Riso (Umarizal), Grupo de Dança Corpo de Luz (João Câmara), Grupo de Teatro Retalhos de Vida (Caicó), Grupo Sertão Vivo (Carnaúba dos Dantas), Grupo de Teatro Trotamundos, dos corais Sertão Encanto (Caicó) e Madrigal da UFRN (Natal) e dos grupos de Capoeira de Apodi e Açu.
A terceira parada da viagem se dá nos lugares. Não vistos apenas como espaços concretos, mas, como cenários onde se concentram e reproduzem PRÁTICAS CULTURAIS coletivas. AS SOCIABILIDADES entre pessoas de diferentes cores, idades, sexos e religiões são encontradas no Natal Shopping, no Via Direta e no Midway Mall, templos do consumo originado da práxis capitalista, mas, que, concentram, diariamente, milhares de pessoas.
Um outro tipo de consumo, aquele regado à cerveja, À BOEMIA E ÀS ARTES, podem ser visibilizados – e compartilhados – no Beco da Lama, localizado no CENTRO HISTÓRICO DE NATAL. Mas, as pessoas também se sociabilizam nos lugares mais inusitados, como o Cemitério do Alecrim, o Centro Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, os centros de umbanda das Rocas, a Praça Padre João Maria, a Feira do Alecrim (Natal) e mesmo as diversas praias encravadas no litoral potiguar.
Encaminhando-se para fora da capital, as RELAÇÕES SOCIAIS entre personagens de diferentes naturezas são tecidas em LUGARES SAGRADOS como o Monte das Graças (Florânia), o Monte do Galo (Carnaúba dos Dantas), o Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis do Lima (Patu) e ainda nos espaços marcados pelo movimento, pela compra, pela venda e pela troca, representados pelas feiras livres de Ceará-Mirim, Goianinha, Caicó e Santa Cruz.
O itinerário traçado em busca do PATRIMÔNIO IMATERIAL é concluído com muita DANÇA, CANTO, REGOZIJO, BEBIDAS E COMIDAS. Afinal de contas, o povo potiguar é conhecido por suas FESTAS E CELEBRAÇÕES em que honra seus SANTOS PADROEIROS, SUAS ENTIDADES E DIVINDADES, SUAS COLHEITAS, SUAS FOLIAS E SUAS ALEGRIAS, onde o sagrado e o profano se misturam de uma tal forma que é difícil mesmo diferenciá-los.
A festa de Sant’Ana, de Caicó, celebrada anualmente em honra à padroeira do Seridó, reúne milhares de fiéis e devotos nas novenas, missas e na procissão que rasga as ruas da cidade, sem falar das pessoas que freqüentam as chamadas festas de rua, movidas ao som de conjuntos musicais que tocam desde o forró pé-de-serra ao forró estilizado.
Nesse rastro seguem as festas de diversas Nossas Senhoras – com seus diferentes títulos –, de santos e santas tidos como de predileção popular nos diversos rincões do estado, a exemplo das festas de Santa Luzia (Mossoró), Nossa Senhora dos Navegantes (Natal), Nossa Senhora dos Prazeres (Goianinha), Santos Reis (Natal) e de Nossa Senhora do Rosário dos homens pretos (Caicó e Jardim do Seridó), do Divino Espírito Santo em Vera Cruz.
No mês de junho, as cortinas se abrem para os FESTEJOS JUNINOS, em que Santo Antonio, São João e São Pedro ganham evidência, sendo comemorados por meio das fogueiras acesas nas frentes das casas, de festas da colheita (como as que ocorrem em Cruzeta e Ouro Branco), da DEGUSTAÇAÕ DE COMIDAS DE MILHO (como a pamonha, a canjica e o próprio milho assado e cozido) e da realização de arraiás festivos, onde se dança a quadrilha matuta, mas, também, a estilizada.
Diversas cidades do interior do estado, como Açu, Mossoró, Riacho da Cruz, Parelhas, Santa Cruz e Santana do Seridó, têm produzido, recentemente, FESTAS POPULARES em honra ao mês junino, compostas de apresentações de quadrilhas e de conjuntos musicais de forró, em Brejinho, temos o Arraia do Brejo, uma festa maravilhosa que reúne milhares de pessoas para festejar o São Pedro.
É no interior, também, que AS MARCAS DA COLONIZAÇÃO promovida pela pecuária ainda se fazem presentes, nos festejos em que se comemora – hoje, quase sempre, com a motivação de um concurso – a derrubada do boi nas VAQUEIJADAS de Açu, de Florânia e de Currais Novos.
O divertimento se alastra para os primeiros meses do ano, no CARNAVAL quando a folia de momo toma conta dos cenários das cidades, da capital ao interior, seja nos clubes, seja nas ruas. O litoral é conhecido pela animação dos carnavais de época da Praia da Redinha e de Macau, bem como do Carnaval do Centro Histórico de Natal, promovido pela Sociedade de Amigos do Beco da Lama e Adjacências (SAMBA), que reúne foliões, boêmios e brincantes de todas as idades e gostos para a folgança nas ruas, inspirada pelo som das fanfarras e de cantores locais, neste cenário não podemos esquecer da prévia carnavalesca de Brejinho – O CARNABREJO.
Embarcando para o sertão, o carnaval de rua de Jardim do Seridó, de Caicó e do povoado Santo Antonio da Cobra (Parelhas) é conhecido regionalmente pela sua alegria contagiante e pelo desfilar de blocos carnavalescos cujos componentes se vestem com roupas coloridas e enfestadas para festejar a liberdade de expressão e o movimento. Essas festas acabam no início da Quaresma, mas, em alguns pontos do estado, a folia se repete nas micaretas que ocorrem ao longo do ano, como o Carnatal (em Natal) e o Carnaxelita (em Currais Novos).
Chegamos ao final da viagem!! Concluído o percurso, a imagem que fica é a dos cheiros e dos odores, dos gostos e dos sabores, dos ritmos e dos sons, da métrica e das palavras, do profano e do sagrado, características encontradas nas diferentes manifestações do patrimônio imaterial espalhadas pelos municípios do Rio Grande do Norte. Longe de reconhecer uma homogeneidade nessas manifestações, o que se pode afirmar é que as práticas, artes, representações, expressões, conhecimentos e técnicas do povo potiguar são coloridos como o universo de Marcelus Bob e os cajus de Vatenor de Oliveira, difusas como a música de Tonheca Dantas e Felinto Lúcio Dantas e mutáveis como as luzes emitidas por um calidoscópio em movimento.
Ora resistem às agruras do tempo, ora adaptam-se e conformam-se com o novo e moderno; repercutem pela persistência, fazem-se sentir pela cadência com que permeiam o cotidiano da cidade e dos campos; emocionam pelo lirismo ou chocam pelo antiintelectualismo.
Tudo isso porque essas manifestações – as formas de expressão, os saberes e ofícios, os lugares de sociabilidade, as festas e celebrações – são reconhecidas por determinados indivíduos, grupos ou comunidades como elementos do seu patrimônio cultural e continuamente recriado de acordo com as necessidades das suas histórias e das suas relações com a natureza. Evidência de que o patrimônio cultural não está apenas nos prédios históricos e nas obras de arte expostas em museus, mas, de forma intangível, pulsando nos corações dos norte-rio-grandenses e fervendo em suas veias.
E, assim esperamos poder proporcionar aos nossos alunos aulas de campo para podermos conhecer todo esse percurso.

IV – A IMPORTÂNCIA DO PROJETO NO TRABALHO EDUCATIVO TEM COMO OBJETIVOS:

OBJETIVO GERAL: E de extrema importância o conhecimento de uma comunidade sobre seu patrimônio cultural, o que leva não somente a conhecê-lo mais relacionar-se com ele. O conhecimento desse patrimônio permite a comunidade identificar e valorizar o que é particular em sua cultura buscando dessa forma elementos que venha contribuir para que esse patrimônio cultural seja preservado

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
* Conhecer a história e cultura do RN através dos nossos antecedentes (o índio, o negro e o europeu);
* Analisar os aspectos sociais, políticos, religiosos, geográficos, econômicos e culturais das áreas visitadas.
* Perceber a importância de um Patrimônio Histórico;
* Perceber os aspectos culturais do homem nordestino.
* Contribuir tanto para a ampliação do conhecimento, como para valorização do Patrimônio Cultural, de modo a incentivar o efetivo envolvimento da população na sua preservação.
* Aquisição por parte de alunos e participantes das aulas, uma consciência acerca da importância do patrimônio museológico;
* Através dos profissionais suscitar interesses nos alunos e na comunidade pelo patrimônio museológico, como via de dinamização do setor cultural/educativo.
* Sensibilizar o participante para a necessidade da pesquisa em história da arte no Rio Grande do Norte;
* Apresentar um panorama das artes visuais no Rio Grande do Norte, particularmente em Natal, dos anos cinqüenta do século XX à contemporaneidade;
* Discutir as relações entre a produção artística visual e o ensino de arte na contemporaneidade.
* Construir, junto com os educandos, uma reflexão crítica acerca da natureza do patrimônio intangível e sua importância para as populações do Rio Grande do Norte;
* Possibilitar ao educando a reflexão sobre o patrimônio imaterial e sua importância para o reconhecimento da identidade (enquanto pessoa e membro de uma comunidade).

V - RECURSOS METODOLÓGICOS E FINANCEIROS
* Textos xerocados para os alunos (responsabilidade da escola e do professor)
* Palestras com o professor Aucides da Fundação José Augusto (descendente indígena que trabalha nas escolas divulgando a cultura indígena - responsabilidade da Prefeitura e Secretaria Municipal de Educação com deslocamento do professor, refeições e pagamento da palestra – hora aula)
* Palestras com um professor africano (divulgação da herança cultural afrobrasileira-potiguar - as mesmas responsabilidades do professor Aucides);
* Ônibus para as viagens (responsabilidade da Prefeitura e Secretaria de Educação);
* Escola para alojamento (se for por mais de um dia - responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação da cidade que for ser visitada, neste caso, a professora idealizadora do projeto se responsabilizará em entrar em contato);
* Gêneros alimentícios (Secretaria Municipal de Educação, pais de alunos e professores);
* Verbas para pagamento de locais de visitações e de guias turísticos (responsabilidade dos alunos).


VI - CULMINÂNCIA:
Durante as aulas ministradas os alunos confeccionarão um portifólio, onde serão registrados todos os momentos das aulas, onde, na semana da cultura e no final do ano letivo, pretendemos fazer uma exposição na escola, onde os alunos terão a oportunidade de expor seus trabalhos através dos portifólios, e se possível com maquetes e apresentações artísticas culturais.

VII – ÁREAS DE CONHECIMENTO:

CULTURA: Patrimônio cultural e memória. Patrimônio material e imaterial no Brasil e no Rio Grande do Norte.

INTERDISCIPLINARIDADE COM:


LÍNGUA PORTUGUESA
Obras literárias e populares, de escritores potiguares: Poesias, poemas, romances, literatura de cordel...
HISTÓRIA
Etnias que deram origem ao povo potiguar.
Patrimônio histórico e Arqueologia.
Patrimônio Museológico (Definição do que é museu, museologia, cultura, memória e patrimônio; funções teóricas e práticas nos museus.
Histórico da educação nos museus e atuação no mundo moderno.
Processamentos técnicos de acervos; preservação do patrimônio museológico.
Relações sociais do povo potiguar;
Períodos políticos: Coronelismo, ditadura, cangaço.
ARTES
Introdução às artes visuais no Rio Grande do Norte numa perspectiva histórica.
Arte modernista e contemporânea.
Artes visuais e ensino de arte
Artes cênicas: Danças folclóricas, música, teatro, Artes plásticas: Artesanato, ofícios populares;
Lúdico: Festas populares, danças antigas.
RELIGIÃO
Festas religiosas; Sincretismo religioso; Ofícios religiosos (benzedeiras, curandeiras...), lugares sagrados.
GEOGRAFIA
Espaço geográfico; paisagens geográficas; questões econômicas e sociais; vegetação; clima; limites de regiões; relações de sociedade...
MATEMÁTICA
Estatística
CIÊNCIAS
Gastronomia (comidas típicas do povo sertanejo)
LÍNGUA INGLESA
Turismo
EDUCAÇÃO FÍSICA
Movimento; caminhada (trilha ecológica)



VIII- REFERÊNCIAS

Textos pesquisados em revistas, livros, sites, panfletos, outros.


AULA DE CAMPO EM APODI/RN

O Projeto da Professora Maria Iranete “Viajando e aprendendo” para os alunos da Escola Municipal Dinarte de Medeiros Mariz, apresenta reflexões amplas e contextualizadas sobre os diversos lugares do espaço geográfico, desenvolvendo um conjunto de conhecimentos sobre as sociedades e os lugares, contribuindo para que os alunos se conscientizem das riquezas culturais do seu espaço de vivência.
Este projeto favorece a identificação, valorização e preservação do passado cultural de um povo, a partir do conhecimento de leis de proteção e restauração de suas características originais.
A professora acredita que promover o conhecimento por meio de uma atividade turística, saindo do ambiente tradicional da sala de aula é o elemento motivador que traz encanto à educação de jovens neste mundo contemporâneo.



 essa professora se mete em cada buraco












sábado, 25 de junho de 2011

aula de campo em Mossoró/RN

Continuação do nosso  city tour cultural em Mossoró/RN

 estação das artes Elizeu Ventania 
 Memorial da Resistência
 Memorial da Resistência - painel do cangaço
 Largo da igreja São Vicente-esperando o espetáculo chuva de balas no País de Mossoró começar
 passeando na praça da convivência
 choveu de verdade  - professor Ranvarliel, professoras Alzeny e Iranete
 professores Roberto Antônio,Rivanaldo e Iranete
 cena do espetáculo chuva de balas no País de Mossoró
 professora Iranete
 professores Josilane e Roberto Antônio
 professora Iranete
 amiga da turma Maria, professores Aparecida, Josilane, Roberto Antônio, Rivanaldo e Iranete
 professores Ranvarliel, Alzeny, Josilane e Iranete
 alunos e professores na antiga casa do prefeito Rodolfo Fernandes, hoje é o palácio da resistência (prefeitura de Mossoró) 
 a professora Iranete querendo entrar a força na casa  da mãe Joana
 professoras Iranete e Aparecida
 professor Ranvarliel e professora Iranete
 Ranvarliel, Janaína,Aparecida, Iranete, Josilane, Rivanaldo e Roberto Antônio

a foto abaixo é a antiga casa de detenção de Mossoró, aqui o cangaceiro Jararaca passou suas últimas horas antes de morrer 
 agora chegou a hora de ir embora de Mossoró rumo a cidade de Apodi/RN